Estação da Luz - Praça da Luz, 1, Luz - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo - SP, 01120-010, Brasil
A Estação da Luz é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo. A estação reflete o momento histórico em que foi construída, evidenciando o poder do café na trajetória de expansão da cidade. Erguida junto ao Jardim da Luz, por décadas a sua torre dominou parte da paisagem central paulistana. O seu relógio era o principal referencial para acerto dos relógios da cidade. Destruído pelo incêndio de 1946, foi substituído, cinco anos depois, por um relógio Michelini, de fabricação nacional. No período de auge da estação (ou seja, nas primeiras décadas do século XX, quando a Luz era uma região de destaque na cidade), ela compunha um conjunto arquitetônico que não só era um referencial urbano como efetivamente fazia parte da vida cotidiana do município, constituindo aquilo que pode ser chamado de a “imagem da cidade”.
Inaugurada em 1865, a estação passou por três versões. A primeira estação na Luz era singela, erguida junto com a ferrovia. Reconstruída na década de 1870, foi aos poucos se tornando obsoleta diante do crescente número de cargas e de passageiros, que tinham como destino a cidade de São Paulo. A atual, erguida entre os anos de 1895 e 1901 e projetada pelo arquiteto britânico Charles Henry Driver, está localizada no Bom Retiro, e se deve à São Paulo Railway, empresa sediada em Londres responsável por erguer o primeiro trecho ferroviário do estado de São Paulo, ligando o porto de Santos à cidade de Jundiaí.
A partir de 1946, logo após o primeiro incêndio, o transporte ferroviário entrou num processo de degradação, com a consolidação do uso de aviões, ônibus e carros ao final da Segunda Guerra Mundial. O bairro da Luz e a estação igualmente acabaram degradados.
Ainda assim, em 1982 o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) tombou a construção, comprovando sua importância arquitetônica para a cidade de São Paulo.
Após este período, a partir de 1990, o edifício passou por algumas reformas importantes, uma delas coordenada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e por seu filho, Pedro Mendes da Rocha.
O edifício abriga ainda o Museu da Língua Portuguesa e, em seus arredores, está a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Jardim da Luz e a Sala São Paulo, na Estação Júlio Prestes.