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Em decorrência das cores escolhidas, os três cubos geométricos em laminado plástico sobre madeira criam uma ilusão de ótica de profundidade. Geraldo de Barros (1923-1998), pintor, fotógrafo e designer brasileiro que assina os cubos, desenvolveu uma vasta obra na qual revela suas reflexões sobre a criação artística, a percepção da imagem e o papel da arte na sociedade. A originalidade, especificidade e atualidade de suas propostas, tanto na esfera da Arte Concreta como na fotografia abstrata e no design modular, são reconhecidas nacional e internacionalmente.
Segundo o texto crítico realizado pelo “Arte no metrô”, a obra é feita com laminado plástico sobre madeir e, dentro do ideário concretista, utiliza princípios da gestalt em sua concepção. Cada painel é constituído por 12 losangos que se articulam e formam conjuntos de três cubos, na vertical e na diagonal, de acordo com a percepção mutante do conjunto. O primeiro é formado por losangos azuis, verdes e laranjas; o segundo, por losangos azuis, vermelhos e amarelos, e o terceiro, por losangos pretos, brancos e cinzas. Segundo a teoria gestáltica, o todo é maior do que a soma de suas partes. Assim, a união dos 12 losangos resulta em um terceiro elemento que é o conjunto de todos eles, possuindo características absolutamente originais.