Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre

Índia Vanuíre

Luiz de Souza Leão

Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuire - Rua Coroados - Centro, Tupã - SP, Brasil

O Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, Tupã (SP), foi criado em 1966 por Luiz de Souza Leão no contexto de implantação da rede dos Museus Históricos e Pedagógicos do estado de São Paulo.

Devemos a Luiz de Souza Leão a definição dos dois eixos temáticos do Museu – história local e etnografia. Hoje, após atualização museológica, os eixos se cruzam para problematizar o território onde a instituição se insere, explorar as construções de memórias de seus habitantes, indígenas e não indígenas, e exercer as funções social e educacional nos princípios democráticos e interculturais.

O Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre é uma instituição local que dialoga com o global, contribuindo com as suas questões específicas e únicas. Ele se realiza por meio das diversas ações curatoriais, com destaque à comunicação por meio de exposições e ações educativas.

O museu está abrigado em edifício próprio construído por seu fundador. Após reforma predial e requalificação museológica, o museu reabriu em 2010 com uma moderna exposição de longa duração que destaca a vocação intercultural do museu e seu papel como promotor do exercício de tolerância.

Vanuíre é considerada a grande pacificadora dos conflitos entre brancos e índios Kaingang, no oeste paulista. A índia, segundo relatos de pesquisadores, teria vindo do Paraná, mas por falta de documentação histórica não se pode afirmar com exatidão onde e quando ela nasceu. Vanuíre faleceu em 1918, na aldeia Kaingang de Icatu, na cidade de Braúna, região de Araçatuba.

Os relatos são de que, cansada de ver seu povo sendo dizimado, Vanuíre subia no tronco de um jequitibá com dez metros de altura, onde permanecia do nascer do dia ao cair da tarde, entoando canções em favor da paz. Em 19 de março de 1912, a índia vivenciou o resultado de seus esforços em prol da pacificação. Foi quando dez guerreiros Kaingang se apresentaram no acampamento dos brancos em sinal de paz e foram recebidos como irmãos.

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