Nise da Silveira

Léo Santana

Corredor Vera Arruda - Rua Coronel Alcides Barros Ferreira - Jatiúca, Maceió - AL, Brasil

Símbolo da revolução na psiquiatria, Nise Magalhães da Silveira nasceu em 15 de fevereiro de 1905, em Maceió. Foi uma das primeiras mulheres formadas em Medicina do Brasil, pela Faculdade de Medicina da Bahia. Era a única mulher em uma turma de 158 alunos. Acusada de se envolver com o comunismo, a psiquiatra foi presa durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, entre 1936 e 1937, período em que conheceu a revolucionária Olga Benário e o autor alagoano Graciliano Ramos.

Exerceu forte oposição aos tratamentos agressivos dos manicômios enquanto trabalhava no antigo Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Rio de Janeiro. Avessa aos eletrochoques, isolamentos, lobotomias e camisas de força, foi transferida para a área de terapia ocupacional, considerada uma repreensão. Mas foi lá que a psiquiatra encontrou o espaço necessário para investir em métodos humanizados na recuperação de pacientes, mostrando ao mundo formas mais eficientes de terapia, que utilizavam atividades recreativas para o tratamento de distúrbios psíquicos, revolucionando a psiquiatria por meio da arte.

O trabalho inovador no tratamento de seus pacientes resultou na criação do Museu de Imagens do Inconsciente, que funciona até hoje no Rio de Janeiro. A alagoana teve sua história contada no filme Nise – O Coração da Loucura, dirigido por Roberto Berliner e estrelado pela atriz Glória Pires.

A escultura foi feita pelo escultor mineiro Léo Santana e foi inaugurada em 2019 no Corredor Vera Arruda, Maceió.

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