Casarão de Nhonhô Magalhães - Avenida Higienópolis - Consolação, São Paulo - SP, Brasil
Desde 1970, o Paço das Artes, equipamento público da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, vem fomentando a produção, reflexão e memória da arte contemporânea oferecendo subsídios para artistas, críticos e curadores por meio de programas de fomento como a Temporada de Projetos. É por meio desse projeto que a vocação experimental do Paço das Artes é constatada. A Temporada de Projetos foi criada com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem. Concebida em 1996, a Temporada de Projetos teve sua primeira exposição realizada em 1997 e se tornou, ao longo dos anos, um rico celeiro para a cena da jovem arte contemporânea brasileira.
Além disso, promove acessibilidade cultural de públicos em situação de vulnerabilidade social por meio do Paço Comunidade, atuante em diferentes regiões da cidade. Conscientes do valor histórico da construção da memória institucional, o Paço das Artes já reuniu cerca de 20 metros lineares de documentos que foram produzidos, recebidos e acumulados pela instituição desde 1970. A partir de 2010, a instituição iniciou um trabalho de preservação da memória por meio de diversas iniciativas: o projeto curatorial “Trilogia do Arquivo” que engloba os projetos editoriais: “Livro Acervo”, 2010. “Para Além do Arquivo”, 2012 e “Arquivo Vivo”, 2013. Em 2012, também publicou o “Guia do Arquivo do Paço das Artes” e, dois anos após, em 2014, lança a plataforma digital MaPA: memória Paço das Artes, dispositivo de pesquisa e de memória de uma parcela significativa da jovem arte contemporânea. Neste momento trabalha no desenvolvimento do primeiro acervo de arte contemporânea exclusivamente digital e de obras reprodutíveis: o Acervo MaPA que já tem seu primeiro acervo com obras da artista Regina Silveira.
Ao completar 50 anos em 2020, o Paço das Artes conquista a sua primeira sede delinitiva. O espaço, construído na década de 1930 pelo barão do café Carlos Leôncio Magalhães, foi comprado do estado paulista pelo shopping Pátio Higienópolis em 2005. Uma cláusula do contrato previa, porém, que parte do imóvel deveria ser cedida ao estado, para uso cultural. Assim, a instituição conquistou uma área de 537,37 m², tendo a á rea expositiva passado por uma reforma assinada pelo arquiteto Alvaro Razuk.